29 de jan. de 2011



Rafael Alves França, mandingueiro respeitadíssimo no seu percurso por este mundo de meu Deus. Nasceu em Santo Amaro da Purificação (BA). Com 4 anos de idade iniciou-se na Capoeira pelas mãos de Besouro, seu primo carnal. Além de seu primeiro mestre, Cobrinha Verde também bebeu da sabedoria de Maitá, Licurí, Joité, Dendê, Gasolina, Siri de Mangue, Doze Homens, Espiridião, Juvêncio Grosso, Espinho Remoso, Neco, Canário Pardo e Tonha. Foi 3° Sargento no antigo Quartel do CR em Campo Grande, tendo participado também da Revolução de 32 entre outras pelejas. Durante muitos anos ensinou em seu Centro Esportivo de Capoeira Angola Dois de Julho, com sede no Alto de Santa Cruz, s/ n°, no Nordeste de Amaralina.

28 de jan. de 2011

Mestre Canjiquinha


Washington Bruno da Silva - Mestre Canjiquinha, nasceu a 25 de setembro de 1925, em Salvador. Discípulo do Mestre Raimundo Aberre, natural de Santo Amaro da Purificação, Canjiquinha foi um dos capoeiras que mais visibilidade deu a sua arte, viajando por todo o Brasil em exibições e também atuando em muitos filmes.
A partir dos anos 60, quando a capoeira se tornou mais conhecida e divulgada no Brasil, a figura do Mestre Canjiquinha ganhou maior relevo. Sua academia tornou-se uma das principais agências de formação de novos capoeiristas como Paulo dos Anjos, Geni, Lua – que se tornaram mestres de outros e contribuídores para a expansão da capoeira em outros paises. São os responsáveis pela continuidade da herança de Canjiquinha. A este Mestre a capoeira deve uma serie de invenções sendo as mais conhecidas aquelas que ele introduziu nos toques e jogos : Muzenza, Samango, Samba de Angola e também das "Festas de Arromba", que ficaram famosas no largo da Bahia, onde vários capoeiristas se reuniam e jogavam Capoeira em troca de dinheiro ou bebida.
Canjiquinha era um capoeira jovem e ágil, fazendo com que se destaque entre os seus companheiros, porém o seu maior destaque era no canto e no toque. Cantava como bem poucos e com um repertório vastíssimo, inclusive com uma grande facilidade de improvisar e de todos era quem mais tinha contribuído para a adaptação de outros cânticos do folclore, à capoeira”


Washington Bruno da Silva, Filho de lavadeira foi sapateiro, entregador de marmita, mecanógrafo, goleiro do Ypiranga Esporte Clube, além de cantor de bolero.
Seu início na capoeira se deu em 1935.
O apelido Canjiquinha foi colocado por um amigo, Dalton Barros, devido ao samba-batuque de Roberto Martins, Canjiquinha Quente, o qual gostava de cantar.
Desde cedo Washington mostrou ter dom para a música. Cantava e improvisava como poucos e era também exímio tocador de berimbau e assim foi o que mais contribuiu para adaptação de cânticos da capoeira. Segundo seus amigos e discípulos, Canjiquinha era uma pessoa muito alegre, grande conhecedor do folclore brasileiro, chegando a contribuir para a divulgação da nossa cultura através de filmes, documentários e shows.
Atuou no cinema, como capoeirista, nos longas metragens: Os Bandeirantes, Barravento com direção de Glauber Rocha - Premiado no Festival de Karlovy Vary - Tchecoslováquia), O Pagador de Promessas (direção de Anselmo Duarte - Palma de Ouro em Cannes), Senhor dos Navegantes (direção de Aloísio de Carvalho), Samba e inúmeros curta metragens.

Sobre seu mestre Aberrê, dizia que não o colocou logo na roda. Primeiro o deixava de lado e ficava explicando as coisas, para depois levá-lo para a roda.

Mestre Canjiquinha era um capoeirista que gostava de jogar em vários toques: São Bento Grande de Angola, São Bento de Angola, Cavalaria, Samango, Jogo de Dentro, entre outros. Em sua opinião, o capoeirista tinha que saber jogar o que o berimbau estava tocando. "Se você sabe dançar tango, quando toca um bolero você tem que ficar sentado", afirmava o grande mestre.

Canjiquinha trabalhou muito em prol da capoeira, pesquisando, fazendo diversos shows e apresentações, participando de filmes e documentários. No dia 8 de novembro de 1994, devido a um enfarto fulminante, partiu deixando sua marca na história da capoeira.

27 de jan. de 2011

Mestre Waldemar da Paixão


Mestre Waldemar da Paixão

A fama de Waldemar como capoeirista e mestre de capoeira aparece nos anos 1940. Ele implanta um barracão na invasão do Corta-Braço, futuro bairro da Liberdade, onde joga-se capoeira todos os domingos, também ensinando na Rampa do Mercado na Cidade Baixa. Fica conhecida a diversidade dos jogos que ele pratica, dos mais lentos aos mais combativos, com afirmada preferencia para os primeiros.
Durante os anos 50, a capoeira dele na Liberdade atrai acadêmicos, artistas e jornalistas. Os etnólogos Anthony Leeds em 1950 e Simone Dreyfus em 1955 gravam o som dos berimbaus. O esculpidor Mário Cravo e o pintor Carybé, também capoeiristas, freqüentam o barracão. Mais tarde, a maior parte dos capoeiristas de nome afirmam ter ido na capoeira de Waldemar, na de Mestre Cobrinha Verde no bairro de Nordeste de Amaralina et na de Mestre Bimba.
De acordo com Albano Marinho de Oliveira (1956), o grupo da Liberdade começou a cantar demorados solos antes do jogo (hoje chamados ladainhas). O próprio Waldemar revindicou, em depoimento a Kay Shaffer, ter inventado de pintar o berimbau. A fabricação e venda para os turistas de berimbau foi uma fonte de renda para mestre Waldemar.
Waldemar, como bom capoeirista, andou na sombra. Ficou discreto sobre suas atividades e breve em sua fala. Mal existem fotos dele antes de velho. Não procurou a fama e, apesar de seu notado talento de cantor e de tocador de berimbau, não integrou muito o mercado de espetáculo turístico. Também, a música que se escuta nas gravações de 1950 e 1955 é coletiva, sempre tendo, ao menos, um dialogo de dois berimbaus. Assim, Jorge Amado menciona Mestre Traíra, também da Liberdade, como assíduo visitante de Waldemar.


Velho e impossibilitado de jogar capoeira e de tocar berimbau pela doença de Parkinson, Waldemar ainda aproveitou um pouco do movimento de resgate das tradições dos anos 1980, cantando em diversas ocasiões e gravando CD com Mestre Canjiquinha.

25 de jan. de 2011

Mestre Caiçara



Mestre Caiçara

Nascido no dia 08 de maio de 1924, em Cachoeira de São Félix, Antonio Carlos Moraes, mais conhecido como Mestre Caiçara estaria completando hoje, caso ainda fosse vivo, 87 anos de idade.
Caiçara foi um dos grandes Mestres de Capoeira Angola, tendo inclusive, gravado um LP de músicas de Capoeira e samba, que tem como título Academia de Capoeira de Angola São Jorge dos Irmãos Unidos do Mestre Caiçara.
André lacé*, em seu livro A Volta do Mundo da Capoeira nos conta que "longas décadas atrás, preocupado com os crescentes pedidos para comparar a Capoeira com as demais lutas", ele aproveitou uma de suas visitas a Salvador e passou o problema para o Mestre Caiçara, que, muito inteligentemente disse-lhe: "Cada qual no seu cada qual".
Diz Lacé, ainda, que em outro momento, em São Paulo, ocorreu uma situação ainda melhor: Mestre Caiçara, convidado por um ex-aluno para dar uma "volta do mundo", notou que o "garoto estava jogando com um certo atrevimento"; foi o que bastou para o mestre dar uma cabeceira (cabeçada) desconcertante, jogando seu ex-díscipulo fora da roda e aproveitando, mais uma vez, para professorar: "Roupa de homem não dá em menino; esses meninos de hoje, mal sabem soletrar já pensam que sabem ler".

Mestre Caiçara morreu no dia 26 de agosto de 1997 e deixou mais um vazio na história de nossa capoeiragem.



Abaixo foto dos dois exemplares do LP do Mestre Caiçara de meu acervo particular. Um de 1973 e o outro de 1976.












*Mestre em Administração Pública (New York) Jornalista e Escritor. Autor de diversos livros de capoeira, entre eles "A Volta do Mundo da Capoeira"

24 de jan. de 2011

Mestre Paulo dos Anjos


Nome: José Paulo dos Anjos
País: Brasil
Ciudad: Salvador
Nacimiento: 15-08-1936
Defunción: 26-03-1999
Origen: Mestre Canjiquinha

Poucos praticantes de Capoeira da atualidade se apegaram tanto à tradição e à originalidade da luta quanto o sergipano de Estância, José Paulo dos Anjos, ou apenas mestre Paulo dos Anjos. Ele faleceu em Salvador, onde residia, vítima de infecção hospitalar, contraída durante uma cirurgia, num hospital local. Seu desaparecimento, além de causar a perda de uma figura humana muito estimada, representa também uma outra perda — irreparável — para a Capoeira. Em especial para a linhagem da Capoeira Angola.
Mestre Paulo dos Anjos destacou-se, em vida, como um dos mais versáteis e exímios angoleiros deste século e um dos que mais resistiram às tentativas correntes de enxertar a Capoeira tradicional com os modismos e inovações da capoeira moderna. “Para mim, nada mudou. Eu continuo fazendo a Capoeira Angola conforme a tradição”, ele costumava dizer.

Nascido em 15 de agosto de 1936, na cidade sergipana de Estância, o jovem de catorze anos José Paulo dos Santos já despontava, em Salvador (1950) como um promissor lutador de boxe. Desde que conheceu o mestre Canjiquinha, um ano antes, afeiçoou-se à Capoeira e passou a freqüentar as rodas de rua da capital baiana e das cidades do Recôncavo. Nas festas de largo, sua técnica e sua habilidade começaram a chamar a atenção de todos e, daí em diante, o tempo se incumbiu de transformá-lo no mestre Paulo dos Anjos, consagrado pelas mãos do próprio mestre Canjiquinha.

Além do respeito que sua personalidade impunha naturalmente aos seus contemporâneos, ele se tornou muito conhecido, também, como cantador de Capoeira e teve várias músicas gravadas em CD, com seu estilo peculiar, mantendo a tradição da Capoeira também nas músicas. Ao lado do mestre Gato Preto, deu aulas na Ilha de Itaparica e também em outras localidades da região metropolitana de Salvador.

Na década de 70, transferiu-se para São Paulo, onde permaneceu por cinco anos. Em São José dos Campos, formou o grupo Anjos de Angola. Em 1978, venceu o campeonato de Capoeira, promovido no Ginásio do Pacaembu, na capital paulista. Retornou a Salvador, em 1980, e influiu no movimento de conscientização dos capoeiras na luta por melhores condições de trabalho. Integrou, a partir de 1987, a Associação Brasileira de Capoeira Angola (ABCA) e acumulou seu trabalho na Capoeira com as atividades de funcionário público, na prefeitura de Salvador. Muitos de seus alunos são hoje, professores e mestres. Alguns já possuem academias próprias em Salvador e em São Paulo: Virgílio do Retiro, Jaime de Mar Grande, Jorge Satélite, Pássaro Preto, Amâncio, Neguinho, Renê, Alfredo, Djalma, Galego, Mala, Josias, Cabeção, Jequié, Feijão, Vital e Al Capone, entre outros.

23 de jan. de 2011

Conheça Um Pouco Sobre o Mestre Traira
















Mestre Traira
Nome: José Ramos do Nascimento
País: Brasil
Cidade: Salvador da Bahia


José Ramos Do Nascimento, Capoeira de fama na Bahia, marcou época e ganhou notabilidade ímpar na arte das Rasteiras e Cabeçadas. Nodisco fonográfico, produzido pela Editora Xauã, intitulado “Capoeira” – hoje uma das raridades mais preciosas para os estudiosos e adeptos desta Arte – tem presença marcante envolvendo a todos os ouvites. Sobre a beleza e periculosidade do seu jogo, assim se referiu Jorge Amado: “Traíra, um cabloco seco e de pouco falar, feito de músculos, grande mestre de capoeira. Vê-lo brincar é um verdadeiro prazer estético. Parece bailarino e só mesmo Pastinha pode competir com ele na beleza dos movimentos, na agilidade, na rigidez dos golpes. Quando Traíra não se encontrana Escola de Waldemar, está ali por perto, na Escola de Sete Molas, também na Liberdade”. Mestre Traíra também teve importante participação no filme “Vadiação”, de Alexandre Robatto Filho, produzido em 1954, junto aos outros grandes capoeiristas baianos como Curió, Nagé, Bimba, Waldemar, Caiçara, Crispim e outros.”

21 de jan. de 2011

Festival de Cordão Azul em Natal/RN



A idéia central do evento é incentivar a turma de cordão azul a se qualificar, atendendo as diferentes abordagens que a capoeira apresenta. O capoeirista que melhor souber demonstra o seu aprendizado, tera como recompensa
a oportunidade de conhecer a academia do Mestre Suassuna em São Paulo. So poderão competir os alunos CORDÃO AZUL do GRUPO CORDÃO DE OURO, não será aberto para outros grupos devido as diferenças de graduações e porque a intenção é estimular os alunos da casa. Será um evento que vale a pena assistir e a entrada para demais capoeiristas será no valor de R$ 5,00 (Cinco Reais). Este valor será para contribuir na construção da minha academia  e da academia do Mestre Irani. As inscrições para os competidores estão no valor de R$ 30,00 (trinta reais) ate o dia 9 de março, apos esta data de inscrição poderá ser feita até o dia do evento no valor de R$ 40,00 (quarenta reais). Qualquer informação entra em contato comigo:
vanessacdonatal@hotamil.com
(84) 8882-5441 oi
(84) 9961-7538 tim

axé!
Vanessa Midlej
Mestra Vanessa - Cordão de Ouro - Natal/RN

11 de jan. de 2011

Conheça a Historia da Cidade em que o Contra-mestre Topeira Nasceu - Assu RN






Açu ou Assú (em tupi-guarani Açu significa grande) é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte localizado na microrregião do Vale do Açu, que está na Mesorregião do Oeste Potiguar é banhado pelo o Rio Açu. Assu foi a 3ª (Terceira) maior e uma das mais ricas cidades do Brasil, e chegou a ser capital do Rio Grande do Norte no tempo de Brasil colônia. De acordo com o censo 2009 do IBGE sua população era de 53.282 habitantes. A área territorial do município é de 1.269,235 km² e além disso ocupa o posto de segundo município mais populoso do Oeste Potiguar e o oitavo do Rio Grande do Norte, superado apenas por Mossoró, cidade da qual está distante setenta quilômetros. É um dos municípios mais importantes do estado e do Nordeste. 

É um dos municípios mais antigos do estado, tendo sido criado por Ordem Régia, instalando-se em 3 de julho de 1783.


Assú dispõe de um Campus da UERN - Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, onde funcionam os cursos de Ciências Econômicas, Letras, Pedagogia, História

Até meados do séculos XVIII, a terra rica em lavoura e pecuária do vale do rio Açu era habitada pelos janduís, nome do chefe indígena que se estendeu à tribo. Nessa época, o homem branco já havia começado a explorar os potenciais da região, gerando amplo conflito de interesses com os índios. O homem branco partia para a criação bovina, enquanto os janduís consideravam legítima a caça ao gado. 
Devido à intensidade das lutas entre brancos e índios, um grande conflito, conhecido como a guerra dos Bárbaros, marcou a década compreendida entre 1687 a 1697. 
Em 1696, Bernardo Vieira de Melo, então Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, colocou-se à frente de uma pequena expedição e fundou à margem esquerda do Rio Açu (ou Piranha) o Arraial de Nossa Senhora dos Prazeres, ponto de reforço para a conquista do sertão. Bernardo Vieira instalou-se com seus soldados no novo arraial, iniciando o aldeamento dos índios e assegurando o estabelecimento dos colonos. Surgiu daí o povoado conhecido como povoação de São João Batista da Ribeira do Céu. 


A pecuária pode retomar seu crescimento ao final dos conflitos, desenvolvendo-se rapidamente e tornando-se importante atividade econômica. Nesse período, as oficinas de carne seca e a indústria de extração da cera de carnaúba representavam a base da economia da região. 

O município foi criado por Ordem Régia em 22 de julho de 1766. Inicialmente foi denominado de Vila Nova da Princesa, em homenagem à princesa Dona Carlota Joaquina de Bourbon, que se casou com D. João VI em abril de 1785. 

A Lei provincial nº 124, de 16 de outubro de 1845, concedeu à Vila Nova da Princesa foros de cidade com o nome de Açu. O nome Açu tem origem na "Taba-açu" (Aldeia Grande), uma área de agrupamento de índios guerreiros da região. 

Assu tem como suas principais fontes de renda a exploração petrolífera, a fruticultura e a pesca, destacando-se na economia potiguar como uma das cidades mais importantes do estado.